sábado, 15 de maio de 2010

Tv Correio apresentará neste domingo reportagem sobre produção de Mel

A reportagem da tv correio esteve em São José nesta semana prouzindo uma reportagem que vai ao ar neste domingo no programa correio Cidades por volta de 9:30 da manhã. Segundo o secretário de agricultura João Paulo   Batista os apicultores de São José estaram produzindo cerca de 2 toneladas de mel de abelha este ano. Já é uma colheita record pois os índices pluviométricos não ajudarão. O blog fotosofficeprint esteve lá e conferiu a reportagem e o processo de colheita. Veja as fotos:


Sábado Empreendedor

Neste ultimo sábado 08 de maio foi realizado em São José da Lagoa Tapada -PB o sábado empreendedor. Contando com a participação de mais de 180 inscritos. O Sebrae esta sempre apoiando as idéias e capacitando novas turmas para promover o desenvolvimento e acriatividade do povo do nosso municipio.
Veja as imagens:













                                                                                                          

terça-feira, 11 de maio de 2010

Pacotão de Obras inclui a PB São Jose da Lagoa Tapada a Coremas

Aviso de Licitação
Unidade: Departamento de Estradas de Rodagem do Estado da Paraíba – DER/PB
Modalidade:CONCORRÊNCIA INTERNACIONALN°: 003/2010
Tipo:Menor Preço
Objeto:
Pavimentação da Rodovia PB-226, trecho: Entrada PB-238/Livramento com extensão de 10,0 km; Restauração da Rodovia PB-238/228, trecho: Entrada BR-230 /Taperoá com extensão de 28,0 km; Pavimentação da Rodovia PB-275, trecho: Patos/São José de Espinharas com extensão de 21,7 km; Pavimentação da Rodovia PB-276, trecho: São José do Bonfim/Mãe d´Água com extensão de 20,3 km; Pavimentação da Rodovia PB-293, trecho: Belém do Brejo do Cruz/Divisa PB-RN com extensão de 5,0 km; Restauração da Rodovia PB-293, trecho: Brejo do Cruz/Belém do Brejo do Cruz com extensão de 18,3 km; Pavimentação da Rodovia PB-293, trecho: Entrada BR-230/Vista Serrana com extensão de 21,0 km; Pavimentação da Rodovia PB-327, trecho: Entrada PB-325/Mato Grosso com extensão de 8,5 km; Pavimentação da Rodovia PB-337, trecho: Entrada PB-325/Lagoa com extensão de 13,0 km; Pavimentação da Rodovia PB-342, trecho: Coremas/Piancó com extensão de 27,0 km; Pavimentação da Rodovia PB-348/366, trecho: São José da Lagoa Tapada/Coremas com extensão de 28,0 km; Serviços Ambientais da Rodovia PB-348, trecho: São Gonçalo/São José da Lagoa Tapada com extensão de   26,2 km; Pavimentação da Rodovia PB-370, trecho: Entrada PB-386 /Curral Velho com extensão de 14,7 km; TOTAL DE EXTENSÃO: 241,7 km.
Valor da Obra - R$ 100.356.819,92
 Prazo de Execução:
720 (setecentos e vinte) dias consecutivos
 Exigência(s)Técnica(s):
Comprovação de a licitante ter executado, a qualquer tempo, serviços de obra rodoviária compatíveis com o objeto desta licitação, através de certidão(ões) e/ou atestado(s), em nome da própria licitante fornecido(s) por pessoa(s) jurídica(s) de direito público ou privado, devidamente certificado pelo CREA, provenientes de no máximo 03 contratos simultâneos ou não, restrito às parcelas de maior relevância e valor significativo, adiante descritas, conforme condições previstas na Cláusula  8.0 do Edital.
1-Escavação de material em 3ª categoria quantidade igual ou superior a 28.479,00 m3;
2-Compactação de aterros com quantidade igual ou superior a 503.786,00 m3;
3-Execução de base com quantidade igual ou superior a 135.349,00 m3;
4-Execução de TSD – tratamento superficial duplo com quantidade igual ou superior a 610.554,00 m2;
5-Reciclagem de base existente com quantidade igual ou superior a 40.854,00 m3;
6-Construção de Obras de Arte Especiais com quantidade igual ou superior a 720,00 m2.
 
Índices Financeiros: ILG >= 2,00 ;ILC>=1,80  e IET<=0,25
Condições e Garantia de ParticipaçãoEmpresas brasileiras e estrangeiras e Consórcio de empresas, conforme previstas na Cláusula  2.0 do Edital.
R$ 1.003.568,00 (Hum milhão, três mil, quinhentos e sessenta e oito reais), correspondente aproximadamente a 1% do valor estimado do objeto da licitação;
Valor do Edital:(*) Valor do edital – R$ 100,00
Abertura:Data- 16/06/2010
Horário: 09:00h (nove horas)
Local - Sala da Comissão Permanente de Licitação – CPL, localizada no Térreo do Prédio do DER/PB.
Informações:Presidente: Engª Maria das Graças Soares de O. Bandeira
cpl@der.pb.gov.br Este endereço de e-mail está protegido contra SpamBots. Você precisa ter o JavaScript habilitado para vê-lo.
Fone(s): (83) 3216-2813
Fax: (83) 3216-2853
Observações
O Edital encontra-se à disposição dos interessados na CPL, onde também outras informações poderão ser obtidas, das 14:00 às 18:00hs de segunda à quinta; e de 7:00 às 13:00 nas sextas.  
(*) Para aquisição e envio por meio eletrônico,contactar com a Divisão de Contabolidade e Finanças - DCF pelo o Tel. 83 3216 2846.

sexta-feira, 7 de maio de 2010

Seu DNA pode ter partes de Neandertal

Pesquisadores seqüenciam pela primeira vez o genoma de um parente extinto dos homens modernos e descobrem: muitos de nós temos no DNA partes de Neandertal.
Uma equipe internacional de cientistas calculou que entre 1% e 4% do DNA de humanos de hoje se originaram deste hominídeo. Isso mostra que, contrário do que acreditam muitos pesquisadores, alguns Neandertais e humanos modernos cruzaram.
O homo neanderthalensis foi uma forma de hominídeo que conviveu com o homo sapiens entre 270 mil e 440 mil anos atrás e desapareceu há cerca de 30 mil anos. Ele possui o mesmo ancestral que deu origem ao homo sapiens e recebeu este nome em homenagem ao local em que o primeiro exemplar foi encontrado – o vale de Neander, na Alemanha.
O time liderado por Svante Pääbo, diretor do departamento de genética evolutiva do Instituto Max Planck, da Alemanha, foi responsável pelo estudo publicado na conceituada Science.
O grupo analisou quatro bilhões de pares de bases do DNA do Neandertal - um feito notável, especialmente se considerado o fato de que o genoma do homo sapiens (o homem moderno) só foi decodificado há dez anos.
Para sequenciar o genoma, os pesquisadores usaram fragmentos de DNA extraídos de ossos achados na Croácia, Rússia e Espanha, bem como material do Neandertal original encontrado na Alemanha. A maioria do DNA foi extraída de 400 gramas de pó de ossos produzido de 3 fêmeas achados na caverna Vindija, Croácia, que viveram há 38 mil anos. Todo o material corresponde a 60% do genoma do Neandertal.
Para poder comparar melhor os achados, os pesquisadores também seqüenciaram cinco genomas de humanos de origem européia, asiática e africana. Curiosamente, eles descobriram que os humanos que descendem de ancestrais europeus e asiáticos carregam DNA de Neandertal.
Isso é intrigante, já que nenhum resto de Neandertal foi achado no leste asiático. Uma explicação possível é a de que o hominídeo tenha se misturado aos humanos primitivos antes que o Homo sapiens se dividisse em diferentes grupos na Europa e Ásia. Isso pode ter acontecido no Oriente Médio, entre 100 mil e 50 mil anos atrás.
Achados arqueológicos no oriente Médio endossam essa teoria, pois mostram que Neandertais e humanos modernos conviveram nessa região.
A comparação entre os dois códigos genéticos também ajudou a revelar alguns pontos exatos em que diferimos dos nossos parentes distantes.
Os cientistas identificaram genes que têm papel importante na evolução humana. Por exemplo, eles acharam genes relacionados a funções cognitivas, metabolismo, ao desenvolvimento de características faciais  e até da caixa torácica.
Os pesquisadores ressaltam, no entanto, que ainda são necessários mais estudos para tirar conclusões precisas desses genes.

terça-feira, 4 de maio de 2010

Enem 2010 será realizado em 6 e 7 de novembro

Está confirmado: os vestibulandos têm, a partir desta sexta-feira (30), 6 meses e uma semana para se prepararem para o Enem (Exame Nacional do Ensino Médio). A prova será no primeiro fim de semana de novembro, dias 6 e 7, informou o Ministério da Educação  (MEC).

A data coincide com a agenda do Enade, o antigo provão. O exame estava previsto para 7 de novembro e, segundo o MEC, será remanejado.

Tradicionalmente, o Enem acontecia no fim de agosto. Foi assim em 2008, quando a prova aconteceu no dia 31 daquele mês, e em 2007, com aplicação no dia 26. No ano passado, o escândalo do vazamento das questões acabou levando as provas para 5 e 6 de dezembro, dois meses mais tarde que o previsto.

Em 2010, o exame foi “empurrado” mais uma vez para o último bimestre devido ao segundo turno das eleições presidenciais, agendados para 31 de outubro.

Para as universidades que queiram usar o Enem como parte da nota do vestibular, os resultados estarão disponíveis na primeira semana de janeiro. Em 2009, 51 universidades públicas aderiram ao Sistema de Seleção Unificada (Sisu), que ofereceu 47,9 mil vagas.

A expectativa do ministério é que a edição deste ano receba 6 milhões de inscrições. Em 2009, 4,1 milhões de estudantes se inscreveram no Enem e 3,2 milhões fizeram as provas. A data para o início das inscrições de 2010 ainda não foi definida.

Grandes universidades paulistas, como USP, Unesp e Unicamp ainda não definiram se usarão a avaliação em suas seleções. *com Agência Brasil

Jesus nasceu em dezembro? O filho de Deus nasceu em uma gruta no último mês do primeiro ano da nossa era, em Belém. Foi visitado por três reis magos. Certo? Inteiramente errado!

por Catherine Salles

A típica cena do nascimento de Cristo, com a manjedoura e os Reis Magos: uma tradição inventada entre os séculos IV e VI da nossa era.
Os evangelistas não mencionaram a data do nascimento de Jesus Cristo. Lucas informou que pastores estavam em vigília noturna, guardando o rebanho nos campos, atividades de primavera ou verão no hemisfério norte. Bispos dos primeiros séculos fizeram numerosas especulações; alguns aderiram ao 25 ou 28 de março, outros, ao 19 de abril ou ao 20 de maio.

Convém saber que, até o século IV, os cristãos do Ocidente não comemoravam o nascimento de Jesus. Os do Oriente festejavam no dia 6 de janeiro a “manifestação” de Jesus na terra, chamada de “epifania do Senhor”.

No mundo pagão do século III, o culto de Mitra, também chamado de “Sol Invencível”, adquiriu grande importância no mundo romano. O império promovia, todo dia 25 de dezembro, grandes festas e jogos em homenagem ao dies natalis (dia do nascimento) desse deus.

No século seguinte, para se opor à popularidade desse deus pagão, a Igreja resolveu situar em 25 de dezembro o nascimento de Cristo, o novo “Sol Invencível”. Ou seja, tratou-se de uma decisão política, não relacionada a evento histórico em si.

O ano do nascimento de Jesus é também motivo de debates. Mateus diz que Jesus nasceu no reinado de Herodes, o Grande. Ocorre que esse rei da Judeia morreu no ano 4 a.C. Como poderia Cristo ter nascido antes de Cristo? Mais ainda, como se pode falar em ano 1?

No século VI da nossa era, o monge Dionísio Exíguo empreendeu rigorosíssimos cálculos para determinar o início da era cristã e a fixou em 754 após a fundação de Roma. Ele se atrapalhou notoriamente nesses cálculos e, ademais, não lhe ocorreu a necessidade de um ano zero entre -1 e +1.

Belém e a manjedoura também não estão livres de contradições. O evangelista Marcos escreveu que Jesus era natural de Nazaré, versão confirmada por João. Ocorre que Mateus e Lucas se desviaram do relato histórico e preferiram demonstrar que o nascimento de Jesus constituiu a plena realização de antigas profecias. Eles designaram Belém como o local da natividade devido a uma passagem do livro de Miqueias, escrito muitos séculos antes: “E tu, Belém, terra de Judá, de modo algum és o menor entre os clãs de Judá, pois de ti sairá um chefe que apascentará Israel.”

E a manjedoura? Lucas falou em um quarto de albergue no qual ficaram José e Maria. Mateus
evocou uma casa. A “gruta da natividade” foi invenção posterior. Boi e jumento apareceram tardiamente na tradição do Natal, inspirados em versículo do profeta Isaías: “O boi
conhece o seu dono; e o jumento, a manjedoura de seu senhor“.

Por fim, os três reis magos também são objeto de controvérsia. Mateus falou em magos, mas eram sábios vindos do Oriente, atraídos por uma estrela brilhante (talvez um cometa). Ninguém disse quantos eram. Só no século VI, um livro armênio dizia que eram três reis e três presentes oferecidos ao recém-nascido: ouro, incenso e mirra. Eles receberam os nomes de Melquior, Gaspar e Baltazar.

De onde vem o Natal que conhecemos? Não se sabe.http://www2.uol.com.br/historiaviva/artigos/jesus_nasceu_em_dezembro_2.html

MPA estabelece novas regras para emissão da carteira profissional de pesca

Agora pescadores artesanais terão que tirar carteira provisória e apresentar notas fiscais para comprovar a venda do pescado. Ministro assegura que medida irá combater fraudes

Por: Lielson Tiozzo Publicado em: 04/2010
O Ministério da Pesca e Aqüicultura estabeleceu novas exigências para a emissão de carteira profissional para os pescadores artesanais. A partir do final de maio, eles receberão uma carteira provisória, válida por um ano, para ter direito de exercer a atividade pesqueira.
Durante o período probatório e no ano seguinte, os pescadores não terão direito ao seguro-defeso, benefício no valor de um salário mínimo pago nos períodos de proibição da pesca. A carteira profissional de pescador será concedida um ano depois do pedido do registro provisório. Sem ela todo o pescado e o material de pesca podem ser apreendidos.
O pescador que solicitar a carteira provisória deverá no ano seguinte apresentar notas fiscais de venda do pescado (uma por mês, no mínimo) e terá também que recolher contribuição previdenciária, para ter direito à carteira profissional de pescador.

Segundo o ministro da Pesca e Aquicultura, Altemir Gregolin, as novas exigências visam a proteger “aqueles que têm na pesca a sua verdadeira fonte de renda e reduzir as possibilidades de fraudes”.
Ainda de acordo com o ministro, a medida vai facilitar a elaboração do Registro Geral da Pesca (RGP), que terá informações sobre todas as categorias de profissionais e atividades ligadas ao setor, “permitindo a inscrição apenas dos verdadeiros pescadores”.

Até então, os pescadores recebiam de imediato do ministério a carteira definitiva. Quem já tem o registro de pescador profissional deverá cumprir as mesmas exigências quanto à inscrição na Previdência Social e à apresentação de notas mensais de venda do pescado, para atualizar sua carteira.

Aquele que pede o documento pela primeira vez tem de apresentar declaração de entidade representativa da categoria, reconhecida pelo ministério ou por dois pescadores profissionais cadastrados na Previdência Social, atestando que exerceu o ofício nos últimos 12 meses.

O Ministério da Aquicultura e Pesca vai cruzar informações com os ministérios do Trabalho e Emprego e da Previdência Social para conhecer quem realmente exerce a atividade pesqueira, o que, de acordo com Gregolin, é importante para acabar com a “concorrência desleal e predatória” decorrente da atividade exercida por pessoas não registradas.

domingo, 2 de maio de 2010

Ainda sobre a polêmica João Dantas e João Pessoa

Nós historiadores aprendemos na faculdade que em cada fato histórico produzido existe versões e versões. Não podemos dizer que essa história é a verdadeira e aquela outra é a falsa. Cada versão é construída para servir a alguma finalidade. Ou como dizem os nossos professores de história, as versões, a história, deve ser desconstruída, os monturos devem ser removidos, as versões cristalizadas pela história oficial devem ser questionadas.

Por exemplo, ainda existem no estado da Paraíba algumas sequelas do caso envolvendo o ex-presidente do estado, João Pessoa, e o então jornalista e advogado paraibano João Dantas. Minha intenção aqui não é trazer a tona o revanchismo não. É apenas mostrar um lado que a história oficial talvez não fale. Primeiro é importante deixar claro que a atitude de João Dantas foi desprezível, não se pode tirar a vida de um ser humano por causa de brigas pessoais. As coisas devem ser resolvidas de outra forma.

Porém, pesquisando sobre o assassinato de João Pessoa acontecido em julho de 1930, percebi que a história que se conta nas escolas paraibanas está faltando detalhes importantes para entendermos melhor o caso. Sempre foi passada uma visão romântica e heróica do episódio. Apesar de o João Dantas ter sido adversário político de João Pessoa, percebe-se que a motivação, se é que podemos utilizar este termo, do assassinato do então presidente da Paraíba, (na época chamava-se presidente e não governador) teria sido além do político. Eis uma versão da história:

Certo dia o João Dantas teve seu escritório invadido por policiais, supostamente a mando de João Pessoa, que estavam em busca de armas, pois João Dantas era acusado de ter participado da famosa Guerra de Princesa, um levante de coronéis da cidade de Princesa Isabel, os quais chegaram a declarar a nossa querida cidade sertaneja independente da Paraíba, por não concordarem com ações políticas adotadas pelo governo estadual. Durante a invasão os policiais acharam algumas cartas íntimas trocadas entre João Dantas e a professora e poetiza paraibana Anaíde Beiriz, e dias depois o conteúdo dessas cartas amorosas foi divulgado pelo jornal A União, de propriedade do governo estadual.

Após o João Dantas ter sido humilhado publicamente através da publicação dessas cartas íntimas que recebeu da professora Anaíde Beiriz, o jornalista foi se vingar de João Pessoa, o qual teria autorizado a publicação das cartas no jornal A União. E depois disso todos os paraibanos sabem o que aconteceu. João Dantas entrou na Confeitaria Glória, no Recife, onde João Pessoa estava, e disparou vários tiros contra o peito do então presidente da Paraíba, que morreu na hora.

O curioso é que João Dantas e o cunhado que o acompanhava, o Moreira Caldas, foram encontrados degolados meses depois, e outros aliados seus também foram assassinados, a exemplo do pai do escritor Ariano Suassuna, o ex-governador da Paraíba João Suassuna. Já a professora que tinha um caso amoroso com João Dantas, a jovem Anaíde Beiriz, foi encontrada morta em Recife, provavelmente envenenada, um suicídio, tinha 25 anos. E assim terminou o trágico episódio que teria começado pelas cartas de João Dantas, que teriam sido divulgadas pelo o outro João, o Pessoa. E aí fica algumas perguntas: Essa foi a causa do estopim da Revolução de 1930 no Brasil? Teria sido apenas uma motivação política? É pra ser pensado!
http://blogdojuniormiranda.blogspot.com/2009/08/joao-pessoa-versus-joao-dantas-os-joaos.html

As polêmicas cartas de Anayde e João Danta

Considerada a mais importante personagem feminina da década de 30, Anayde Beiriz foi uma mulher à frente de seu tempo

Professora formada, ela viveu na Capital no tempo que as mulheres não tinham muitos direitos. Ousada, Anayde escrevia para jornais, usava calças e decotes, fumava em público e pintava e cortava os cabelos bem curtos. Era avessa à ideia de casar e ter filhos.

Aos dezessete anos concluiu o curso normal e foi diplomada em primeiro lugar da turma. Com 20 anos ganhou um concurso de beleza. Em 1928, no auge dos 23 anos, ela se tornou namoradora de João Dantas, assassino de João Pessoa. Por este motivo, acabou sendo vítima de preconceito e discriminação pela sociedade da época.

Algumas inverdades envolvendo o nome de Anayde Beiriz são propagadas até hoje, adverte o pesquisador Wellington Aguiar. É que alguns historiadores afirmam que o motivo que levou Dantas a matar João Pessoa seria a divulgação de supostas cartas de amor escritas por Anayde a seu amado. E que o advogado teria agido em defesa de sua honra.

O filme "Parahyba, mulher macho", de Tizuka Yamasaki, reforça essa versão. Nele, há cenas em que cartas de amor e fotos de Anayde e Dantas que são publicadas pelo jornal. Os segredos do casal viraram motivos de zombação pela cidade. O advogado descobre que foi João Pessoa quem determinou a publicação e o mata.

"Mas tudo não passa de uma mentira histórica. Essas cartas e fotos nunca existiram. A família de Anayde chegou até a processar Tizuka por causa do filme", declara Wellington Aguiar.

"A revolução de Princesa estava no auge e Dantas era espião de José Pereira. Ele decidiu dar cabo do presidente da Paraíba após ter seu escritório invadido pela polícia. Os agentes acharam cartas e telegramas que o envolviam em alianças com cangaceiros e moedas falsas. O jornal A União publicou o teor desses documentos", diz o escritor.

O escritor José Octávio também garante que as cartas de Anayde Beiriz nunca foram publicadas pelo jornal A União. "As cartas publicadas nunca foram de Anayde Beiriz. Eram cartas do próprio Dantas e não cartas de poesia ou de romance, como muito foi dito ao longo da história. O jornal nem sequer cita o nome de Anayde. Nem mesmo o próprio João Dantas, quando foi interrogado na cadeia, afirmou que o motivo do crime era ela", enfatiza.

Para esclarecer a questão, os dois historiadores resolveram publicar em seus livros a cópia das edições veiculadas entre os dias 21 a 26 de julho. Nelas, é possivel ver apenas as denúncias sobre supostos crimes praticados pelos Dantas. As cópias estão disponíveis nos livros "João Pessoa, o reformador", de Wellington Aguiar e em "A Revolução Estatizada", de José Octávio de Arruda Mello.

Indiferentes à polêmica dos historiadores, o casal de namorados tiveram um destino triste. João Dantas foi encontrado morto na prisão. Bilhetes achados depois indicam que Dantas tinha interesse em se matar. Mas até hoje não se sabe ao certo se ele se suicidou ou se foi assassinado. Anayde decidiu sair da Paraíba e foi viver num convento em Pernambuco. Há relatos que, lá, ela também tenha morrido e sido enterrada como indigente.

Apesar dos desfechos trágicos, a história mostra que João Pessoa foi mais que um governante para os paraibanos. Vítima das próprias virtudes, ele não teve tempo de realizar todos os sonhos, mas deixou um legado para o povo. "Foi um homem destemido que quis moralizar a Paraíba e conseguiu muitos inimigos. Mas deixou seu nome escrito na nossa história como um exemplo de caráter e de coragem a ser seguido", analisa a historiadora e professora Marta Falcão.

Para os Alunos do 3º ano Passagem da Coluna Prestes em Piancó


A marcha desencadeada de 1924 ao inicio de 1927, que percorreu 24 mil km e teve como denominação Coluna Prestes, constituiu-se na maior da historia, mais extensa ate que o movimento do tipo, promovido por Mão Zedong nos primórdios da revolução comunista chinesa. A Coluna Prestes formada, em sua maioria, por dissidentes do Exército e comandada pelo tenente Luiz Carlos Prestes, pretendia derrubar o poder constituído, arregimentando seguidores em todas as regiões 
brasileiras, com conflitos registrados nos Estados de Pernambuco, Bahia, Piauí, Ceará, Maranhão, entre outros. O descaso da Administração d Presidente Washington Luiz para com os nordestinos era a bandeira de luta dos revoltosos. O grupo rebelde utilizava-se de forças para conseguir a sua manutenção. Tomava alimento se outros pertences das comunidades, notadamente onde não encontrava resistência policial, apregoando tal atitude como um direito de sobrevivência. Esse comportamento revoltava os saqueados e provocava o abandono das casas de famílias incluídas na rota dos seguidores Prestistas, como passaram a ser conhecidos.
Na Paraíba a penetração do grupo revolucionário foi pacifica a exceção de sua chegada em  Piancó, que ocorreu no dia 09 de fevereiro de 1926. Antes, porém, quando do acampamento em Coremas, coube ao Capitão Pires fazer o reconhecimento d aproxima cidade que, de acordo com informações previas, não obstacularia a passagem da marcha. Acabou sendo surpreendido em um piquete coordenado pelo sargento arruda, alvejado com tiros de rifles, saindo ferido   e presenciado a morte de seu cavalo. Esse fato provocou a ira do Q. G. acampado que de pronto decidiu por uma varredura completa, sem piedade contra a localidade em evidencia.
Piancó dispunha apenas de 12 praças um cabo, um sargento, 30  paisanos e 2 oficiais ( Manuel Marinho e Antonio Benicio). O governador do Estado João Suassuna, solicitou ao deputado Pe Aristides, chefe político do município, que convocasse a população e se unisse às forças policias, na defesa do lugar. Em telegrama enviado ao parlamentar, o Chefe do Executivo Estadual informou que o grupo dos rebeldes era reduzido, faminto, sem  munição suficiente e que um grande reforço policial estava sendo encaminhado ao Vale para se unir a resistência. Um dia antes do ataque o Padre dividiu as forças disponíveis   em quatro grupos instalado sem pontos estratégicos. Sobre o clima vivido na referida data, o historiador João Francisco, faz a seguinte citação: “ Era anoitecer do dia 08 de fevereiro de 1926   em Piancó. Quase cessando o movimento de pessoas nas ruas da Vila. Duvida e apreensão  absoluta pairava na mente de todos. Ao longe os cães latiam como que estivessem anunciando a chegada de uma pessoa estranha ou a partida de seu dono. Na Sala Principal da casa, residência do Padre e Família,  os mosquitos circulavam as lâmpadas que iluminava o ambiente tenso. Sentados em circulo, o prefeito João Lacerda, seu filho Osvaldo Lacerda, Manoel Clementino ( escrivão do então distrito do Aguiar), Hostilio Gambarra ( distribuidor em juízo), Pedro Inácio Liberalino, José Ferreira e o Padre Aristides Ferreira da Cruz. Falava-se pouco, sempre conversas entrecortadas, nunca um dialogo demorado. Entra na sala uma senhora, de aspecto servil e em silencio, distribui café e chá   aos presentes. Era dona Quita, senhora do padre e mãe dos seus quatros filhos então adolescentes: Jorge, Sebastião, Aristides e Joanita.
Novamente a sós, o silencio imperava. Aqui, acolá uma frase curta. Todos sabiam do risco de continuar na cidade. O mais sensato seria procurar sair em busca de proteção, mas longe de tentar convencer o padre dessa idéia.
Logo um alvoroço, uma agitação e  entra alguém informando a chegada do cachorro de estimação  do senhor José Maria, irmão de D. Quita, e que residia em Coremas. Todos quiseram saber quem o cachorro acompanha. O temor aumentou quando s esoube que este havia aparecido sozinho. Alguém devia estar chegando do visinho município, pôr onde a coluna dos revoltosos passado naquela manha.
As horas avançavam feito chamas. Logo Chegaria o momento da despedida, das recomendações e do adeus. Estava já acertado. Dona Quita, e os filhos e o s empregados deixariam a casa logo mais, permaneceriam o padre mais alguns amigos. Na manhã seguinte, outros que também resistiram, estavam sendo aguardados.
Em meio a agitação gerada em torno da chegada do cachorro, surge a porta, um jovem, apressado, e pede a presença do padre. Uma vez atendido, o mensageiro se identificou e entregou-lhe um papel meio amassado e úmido de suor, com um escrito que dizia: “ Não tente resistir, é uma idéia absurda. Passa de mil homens com armamento a disposição alguns até com aparente falta de  disciplina. Desde a manha de hoje Coremas foi invadida por um exercito de guerrilheiros desalmados,  cruéis¨. A sala se encheu rapidamente, todos apreensivos fitavam o padre, no seu rosto um a nítida expressão de tristeza. Ele sabia, todos mais  uma    vez tentariam  convence-lo a deixar a cidade, agora com argumento mais sensatos. A aflição do padre poderia ser notada também no semblante desolado de D. Quita e dos filhos. Todos temiam o pior. O Padre estava dominado por uma sensação de impotência. A idéia d e abandonar a cidade não era nada horroroso para  um chefe político na sua envergadura. Dúvida   cruel. Enquanto o seu orgulho de homem público e de defensor do povo e da cidade, forçavam-no a ficar, uma porção de medo de perder Quita e os filhos, levava-o na possibilidade de fugir.
Os amigos foram unânimes. O Padre  devia sair com a família, deixasse um grupo de homens   de confiança protegendo a cidade. E instantes depois  o Padre consentiu em acompanhar os seus familiares a uma fazenda distante, até os revoltosos saírem de Piancó. O temor da separação deu lugar a agitação da arrumação dos objetos que levariam  na viagem. Já havia alegria entre os presentes na casa grande. As carroças e os animais que seriam usados no transporte da família foram conduzidos ate a porta da frente.
Um levava, outro trazia, um outro escutava, mas, o Padre continuava pensativo, distante dali,  alheio ao que se falava na vasta sala, pelas janelas fronteiriças seu olhar vagueava mundo a fora. O “ tigre¨ acuado em sua própria   morada. Recordou o eca tombe de1922, fazia quatro anos, teve que fugir e buscar junto ao Presidente Epitácio Pessoa, seu chefe, proteção para voltar a assumir o poder do município, foi a mais cruenta e desastrosa contenda coma família Leite. Agora teria que fugir de novo. E   o  telegrama do governador João Suassuna?. Era a oportunidade ideal de conquistar a simpatia do governante, que por sua vez demos trava mas aproximação com os seus inimigos políticos. Não podia também decepcionar  a população local, deixando que os seus bens fossem saqueados e destruídos.
Há instantes da partida votou atrás e mudou de idéia. Bateu o pé e não saiu além da calçada para despedir-se da família. Era esperada uma reação de descontentamento dos amigos o que se deu certamente, mas não convenceu e o Padre ficou.
O inevitável cerco aconteceu por volta das 08:00 horas da manha. Mais de mil homens revoltosos, conduzidos em cavalos recebiam a ordem para avançar contra todos os legalistas. Dois deles bem trajados e armados partem na frente e são recebido as bala pelo Sargento Manuel Arruda, que em um tiro certeiro faz um deles tombar sem vida. Estava desencadeado o maior confronto de todos os tempos, que minutos após já computavam 56 feridos de ambos os lados. A desigualdade era eminente e a ação da fuzilaria que mais parecia um rolo compressor  conseguiu espantar os que ainda resistia na cidade. Completado o piquete as famílias haviam fugido   e grande partes dos voluntários da luta, desertada. Somente os que ainda  se encontravam na casa do Padre Aristides resistiam enquanto o cerco aumentava em proporções assustadoras, chegando a quase cem por um. O sacerdote comandava a operação  quase perdida disposto a queimar o último dos seus cartuchos. Ao lado de doze companheiros fieis enpunhava uma pistola na mão direita, vestido de branco. Era mais ou menos 15:00 horas quando as esperanças começavam a dar sinais de fragilidade. Nesse momento a tentativa de atear fogo na residência utilizando gasolina era abortada com a morte do Sargento Laudelino, atingido com um abala na cabeça. Era também o instante de encarar a falta de munição para enfrentar os foras da lei. Duas bombas de gás asfixiante foram lançadas no interior da casa,  provocando desmaio em Ana Maria d e Lima a senhora convidada pelo Padre para fazer a comida do povo,  que a essas alturas já era tomado pó ruma enorme dor de cabeça. A invasão do recinto já estava consolidada com centenas de rebeldes arrombando as portas e janelas, se precipitando casa adentro e cumprindo a ordem de pegar a unhas o líder e seus companheiros. Começava  então a “ Via Crucis¨ contra o prefeito João Lacerda e seu filho Osvaldo Lacerda; o funcionário Público Manuel Clementino e seu filho Antonio; Rufino Soares, Joaquim Ferreira, José Lourenço, Antonio Leopoldo,  Juvino Raimundo, Hostilio Túlio Gambarra, Vicente Mororó e o Padre e deputado Aristides que pedi apara todos garantia de vida, o que só foi concordado até a entrega das armas pelo grupo solicitado. Os dominados são conduzidos para perto da cidade, a uma distancia de duzentos metros onde existia um barreiro, escolhido como o palco da matança. A Seqüência do sacrifício é anunciada para  as centenas de Prestistas que compõem  o enorme cerco. Primeiro os mais humildes, depois os comerciantes, em seguida o prefeito e pôr ultimo o Padre. Todos foram sangrados e os seus corpos jogados no pequeno depósito natural de água. Padre Aristides no entanto, antes do golpe final na goela foi esmurrado no rosto,apunhalado nas costas, no peito, em partes intimas e em pleno martírio conseguiu reafirmar  a sua crença de religioso, dizendo-se um apostolo de Deus.
O Poder destruidor da Coluna Prestes não poupou o patrimônio de Piancó. As casas foram saqueadas, os prédios públicos destruídos e incendiados com a  utilização de milho seco do senhor  Paizinho Azevedo, moveis do Conselho Municipal e papeis da agencia dos correios. O comercio passou por um completo processo  de destruição. A população conseguiu salvar apenas a roupa do corpo. Os prejuízos foram calculado sem mais de dois mil contos.
Dona Antonia César foi a única a mulher que ficou em Piancó no dia da chacina. Durante depoimento contou que após a tragédia se dirigiu ao local para ver o padre morto. “ Tinha um buraco medonho na goela. Metade do corpo dentro d´agua metade de fora. Quando eu reparava no corpo dele, um “ cangaceiro arrebatou o candeeiro da mão ederr4amou gás na cara do padre. Queria queimar o pobrezinho. Eu tomei o candeeiro das mãos dele. Não deixei que tocassem fogo.¨
Pedro Inácio foi um dos sobreviventes da chacina. Estava dentro da casa do Padre quando começou o tiroteio e viu a morte no caminho. Acabou sendo o único sobrevivente pela sorte de ter conseguido fugir sem ser notado. Foi ele o responsável pelo sepultamento dos mortos no dia seguinte.
     

sábado, 1 de maio de 2010

Dia do Trabalho

Em 1886, realizou-se uma manifestação de trabalhadores nas ruas de Chicago nos Estados Unidos da América.
Essa manifestação tinha como finalidade reivindicar a redução da jornada de trabalho para 8 horas diárias e teve a participação de milhares de pessoas. Nesse dia teve início uma greve geral nos EUA . No dia 3 de Maio houve um pequeno levantamento que acabou com uma escaramuça com a polícia e com a morte de alguns manifestantes. No dia seguinte, 4 de Maio, uma nova manifestação foi organizada como protesto pelos acontecimentos dos dias anteriores, tendo terminado com o lançamento de uma bomba por desconhecidos para o meio dos policiais que começavam a dispersar os manifestantes, matando sete agentes. A polícia abriu então fogo sobre a multidão, matando doze pessoas e ferindo dezenas. Estes acontecimentos passaram a ser conhecidos como a Revolta de Haymarket.
Três anos mais tarde, a 20 de Junho de 1889, a segunda Internacional Socialista reunida em Paris decidiu por proposta de Raymond Lavigne convocar anualmente uma manifestação com o objectivo de lutar pelas 8 horas de trabalho diário. A data escolhida foi o 1º de Maio, como homenagem às lutas sindicais de Chicago. Em 1 de Maio de 1891 uma manifestação no norte de França é dispersada pela polícia resultando na morte de dez manifestantes. Esse novo drama serve para reforçar o dia como um dia de luta dos trabalhadores e meses depois a Internacional Socialista de Bruxelas proclama esse dia como dia internacional de reivindicação de condições laborais.
Em 23 de Abril de 1919 o senado francês ratifica o dia de 8 horas e proclama o dia 1 de Maio desse ano dia feriado. Em 1920 a Rússia adota o 1º de Maio como feriado nacional, e este exemplo é seguido por muitos outro países. Apesar de até hoje os estadunidenses se negarem a reconhecer essa data como sendo o Dia do Trabalhador, em 1890 a luta dos trabalhadores estadunidenses conseguiu que o Congresso aprovasse que a jornada de trabalho fosse reduzida de 16 para 8 horas diárias.