Chico César está mais do que certo. O Estado deve apoiar com infraestrutura, segurança, divulgação... mas pagar cachê para esse lixo cultural seria a mesma coisa de nivelar por baixo, culturalmente falando, uma população acostumada a consumir o lixo, do lixo, do lixo, do lixo.
Quando eu tinha 12 anos, fui convocado por meu irmão para confeccionar cartazes para um show do então Chico César e Pedro Osmar, no Lima Penante. “Pão Doce misturado com granada” era o título do show. Lembro que usei o pincel atômico e cartolinas para depois fixar em alguns pontos de João Pessoa, aquele show que estava mais para resistência cultural da época, que para atrair um grande público.
Voltando ao forró do lixo, sou também bombardeado pela programação musical que infesta as nossas rádios. Será que é o povo que faz essa programação ou é obrigado a repetir mecanicamente este Pout-Pourri da mediocridade? Um gostar que não tem querer que explique. É porcaria sim. Chico tem razão.
Financiar essa porcaria musical é a mesma coisa de dizer para nossos filhos: “ A partir de hoje ninguém precisa de escola de qualidade”. Concordar e ficar contrário pelo fato de ser oposição é algo tão insano que beira a mediocridade. Quem quiser escutar forró do lixo, que escute.. que se dane. O Estado não tem obrigação nenhuma de financiar esse lixo.
Parei por alguns instantes e fui atrás de algumas letras que são cantadas em um quase êxtase vazio, musicalmente falando. Veja como são magníficas essas letras que fazem parte do hits momentâneos:
“Kika kika Kika na latinha
Kika kika Kika na latinha
Kika kika Kika na latinha
Amassa essa latinha “
É o não é genial?
Tem mais.
“Vamos simbora / Prum bar / Beber, cair e levantar
Beber, cair e levantar!
Beber, cair e levantar!
Beber, cair!
Beber, cair e levantar!”
Quer uma mais profunda?
“Hoje eu durmo lá pra baixo / Na casa dos macho, na casa dos macho / Bebo de tudo faço um regasso / Na casa dos macho, na casa dos macho"
Chico tá certíssimo.
Do Blog Clilson Júnior
Concordo plenamente com o jornalista Clilson Junior não quero desmerecer nem uma banda de forró, mas o nível cutulral de tais letras citadas e outras com teor igual ou pior não merecem ser ouvidas muito menos patrocinadas pelo dinheiro publico vamos mostrar nossas raizes sem desmerecer nossos mestres, posso citar Jacson do Pandeiro, Luiz Gonzaga... estes imortais do forró.
Assim entendo, pois, precisamos resgatar nossa cutulra...
fotosofficeprint
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